Do diretor de O Discurso do
Rei, Tom Hopper apresenta a vocês a mais nova adaptação musical do romance de 1862
do francês Victor Hugo. Com composições de Claude-Michel Schönberg e letras de
Alain Boublil e Jean-Marc Natel, o filme lotou as salas de cinema em sua
estreia.
A trama se passa na França do
século XIX e acompanha Jean Valjean (Hugh Jackman), um ex-condenado posto em
liberdade, que após violar sua condicional é obrigado a fugir por
décadas do inspetor Javert (Russell Crowe). Quando Valjean concorda em cuidar
de Cossete (Isabelle Allen/Amanda Seyfried), a jovem filha de Fantine (Anne Hathaway) que é
funcionária de uma fábrica, suas vidas mudam para sempre.
O elenco conta ainda com Samantha
Barks (Éponine), Eddie Redmayne (Marius), Sacha Baron Cohen (Monsieur
Thenardier), Aaron Tveit (Enjolras) e Helena Bonham Carter (Madame Thénardier).
Típico musical, e literalmente
musical, trocando todas as falas por músicas... sem brincadeira, 99%. Muitas horas de filme (158 minutos mais precisamente) fica cansativo depois de um
tempo, por mais que a história seja fantástica. Vá com paciência ao cinema.
Quem está acostumado a boas
cantorias e musicais da Broadway (e a gente tá!) pode ter certeza que neste
filme irá se surpreender (para bom ou ruim) com as versão “ao vivo” das
músicas. Ideia inovadora e bem corajosa do diretor de gravar as músicas fora dos estúdios. Em minha opinião deu emoção em vários momentos, mas em outros como nos coros eu
já não gostei muito.
Podemos separar o filme em
praticamente 3 atos, e literalmente no momento em que começa aparecer a Amanda
Seyfried é que a história fica boa e pega fogo. De verdade até. Samantha Barks
e Eddie Redmayne me surpreenderam e conseguiram elevar o nível do musical,
porque o Russel Crowe consegue puxar o nível lá pra baixo. (Única parte que
gostei do Crowe foi sua última música. Ele é bom ator gente, não estamos
criticando a atuação dele, mas ele deveria ter gravado suas músicas em estúdio.
Ele não canta, ele fala.)
Agora me diz o que o Wolverine,
ops, Hugh Jackman não faz bem heeein? Muitos aplausos pra ele. Atuação
impecável, emocionante, na medida.
Gostaria que a linda da Hathaway
aparecesse mais, senti falta dela no filme como principal e não coadjuvante.
Helena Bonham Carter como sempre
em musicais me lembra a nossa querida Mrs. Lovett.
Ah, uma atenção especial às crianças: Gavroche (Daniel Huttlestone) e a jovem Cossete (Isabelle). Roubam a cena.
Vale a pena para todos.
Juh Reis
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