quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lápis e Marca-Texto: A Culpa É das Estrelas

Provavelmente a história mais bonita que eu já li. 

Resumo do livro: Hazel Grace é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Hazel é uma leitora voraz, com uma sensibilidade bastante própria, ideias afiadas e câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Gosta de All Stars Chuck Taylors, tem um livro de cabeceira e sabe o que Magritte quis dizer com "Isso não é um cachimbo". Está bem, viva o Falanxifor!

Augustus tem um sorriso cafajeste e andar idem. É bonito e sabe muito bem disso. Gosta de música, livros e games. Grande adepto das ressonâncias metafóricas e da direção segura, na medida do possível. Seu osteossarcoma está em remissão há mais de um ano. E ele não tem medo de ir atrás da felicidade. (A Culpa É Das Estrelas ~ Site Oficial).
Desde o momento em que vi a capa do livro, achei muito fofo. Até que fui ler sobre o que era. Mesmo pensando "hm, deve ser uma história muito triste", não sosseguei enquanto não levei o livro pra casa. E não deu outra: em 3 dias já tinha acabado de ler. A cada linha me encantava mais pelos dois personagens. Augustus e Hazel tem personalidades muito simples e ao mesmo tempo muito complexas. Os dois são apaixonantes. 

A história, mesmo tendo um tema "pesado", é divertida de ler. Os dois personagens tem frases que paramos pra pensar, e realmente concordamos com o que eles dizem. Eles têm um humor bem irônico pra a situação em que vivem. Porém, mais pro final do livro, a história começa a tomar outro rumo por conta da doença de Hazel e Augustus, e fui ficando triste, mas sem perder a vontade de ler, mesmo já sabendo o que aconteceria. Foi uma história que levei (de verdade!) pra minha vida, e passei dias e dias só pensando no livro.

Indico a todos essa leitura. Mesmo que fiquem como eu no final, soluçando de chorar (sim, é muito triste o final, e fiquei bem abalada, com um vazio grande). 


John Green: "Os quase dois anos desde a morte da Esther (Earl) complicaram meu relacionamento com ela porque agora, obviamente, não há só o tempo, mas também um livro, entre nós: eu nunca teria escrito A culpa é das estrelas se não tivesse conhecido a Esther. Cada palavra desse livro está condicionada a ela. Mas, ao mesmo tempo, eu não quero que as pessoas associem a Esther e à Hazel (elas são muito diferentes), e é extremamente importante, para mim, afirmar que não estou contando a história da Esther. A história da Esther pertence à Esther e à família dela, e eles a contarão de uma forma linda e genial."

Logo após acabar a leitura do livro, eu fui procurar tudo sobre a Esther. E fiquei encantada. Ela tinha a mesma doença que a Hazel, e nem por isso se deixava abalar. Tinha um canal no YouTube, e vivia cada dia como se fosse o melhor. Vale a pena ver seus vídeos e dar uma olhada na página dela. Infelizmente ela não resistiu, e morreu em agosto de 2010. 


This Star Won't Go Out: http://tswgo.org/esthers-story.html


"Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter." 

~ John Green (A Culpa é das Estrelas)

Gabi Giglio

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