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sábado, 30 de julho de 2016

O Musical Mamonas (Resenha)


Mais um musical pra nossa lista do ano! 2016 tá que tá! E mais uma resenha aqui no blog. Fim de semana passado fui assistir a peça O Musical Mamonas, que conta a história da banda Mamonas Assassinas (anteriormente chamada de Utopia), formada em Guarulhos em 1990. Os Mamonas fizeram um sucesso absurdo no Brasil, com seu rock "cômico", que tinha influências também do sertanejo, pagode, reggae e o vira português. A banda gravou apenas um álbum em 1995, que levava o nome do grupo. Em 1996 um acidente aéreo causou grande comoção em todo o país, ocasionando a morte de todos os integrantes dos Mamonas.

Vamos à resenha.

O início da peça, até engrenar na história mesmo, é muito lento. Encontramos os Mamonas no céu, onde são chamados pelo anjo Gabriel para contarem a sua história, mas não sabem de que forma fazer isso. Essa parte demora um tempo, que faz com que o ritmo da peça se atrase um pouco. Passado esse início, começa a história de como os integrantes se conheceram e a relação de cada um deles com a música. A partir daí, o ritmo já deu uma melhorada e o público já começa a ficar mais envolvido. 

Por se tratar de uma banda que tinha uma pegada crítica mas em forma de comédia, a peça se deixa levar pelo tom de brincadeira quase que 80% do tempo. Isso pode ser legal por fazer a peça ser divertida e engraçada, mas acho que deveriam ter tomado cuidado com o tom e quantidade. Algumas piadas pareceram um pouco forçadas, não aparentavam para mim ter um tom natural, tudo estava caricato demais. Acho que um pouco mais de leveza poderia ter tornado mais engraçado, o que não aconteceu. 


Foram feitas muitas piadas com a própria peça e com a montagem de um teatro musical, o que chega a ser engraçado. Até certo ponto. Depois cansa e perde a graça. No 1° ato foram feitas muitas piadas assim, e eu até gostei, mas no 2° ato, que geralmente é uma parte da peça de mais seriedade, clímax e fechamento, achei desnecessário. Já tinha passado o timing e o momento era outro. 

Não pensem que eu só tenho coisas ruins para falar da peça, não não não. A peça tem momentos ótimo também, e são bem positivos!

Se tem uma coisa que o teatro brasileiro (musical ou não) está fazendo de forma impecável nos últimos tempos é a caracterização dos personagens. Principalmente quando se trata de personalidades reais. Pude comprovar isso nos musicais do Tim Maia, da Cássia Eller, da Rita Lee entre outros. Você vê a banda se apresentando na sua frente, você revive aqueles momentos. O figurino, a semelhança dos atores, as vozes... Tudo nos faz voltar no tempo e ver os Mamonas Assassinas. A escolha do elenco foi primorosa e afiada. Os papeis principais são interpretados por: Ruy Brissac (Dinho), Yudi Tamashiro (Bento), Elcio Bonazzi (Samuel), Arthur Ienzura (Sérgio) e Adriano Tunes (Júlio). Destaque para Ruy Brissac, obviamente, que faz um Dinho muito real, com toda a sua energia no palco e na vida, e as mudanças na voz são idênticas. 

Um ponto foi decisivo para mim na peça, e acho que foi o que me fez gostar mais ainda da montagem (além de, claro, ouvir todas as músicas e cantar junto com os atores). Apesar de todos os elementos negativos da peça, é um espetáculo muito divertido, animado, que nos conta sobre a banda (coisas que eu não sabia antes de ver a peça) e nos envolve com as músicas. Todos sabemos o fim trágico que a banda teve, que interrompeu seu sucesso do nada. Nada melhor e mais justo do que a peça ter um final condizente. 

A peça termina de forma simples, nos poupando de reviver aquela tragédia e aquele drama que passamos em 1996. A forma com que o espetáculo termina foi perfeita, não foi sobrecarregada, e foi rápida como arrancar um band-aid para que não doa. Um grande parabéns à equipe por um final tão simples e que nos disse muito.

Quem ainda não foi ver a peça, corre, porque esse é último final de semana!

Theatro NET Rio
Rua Siqueira Campos, 143 - Copacabana
Sábado às 17h00 e 21h00
Domingo às 19h00

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Tudo O Que Há Flora (Resenha)


Teatro pequeno, poucos lugares, um palco "alto" (os atores não ficam no chão chão mesmo), e somente quatro atores. É assim a peça Tudo O Que Há Flora, em cartaz até dia 24 de julho (domingo) no CCBB-RJ.

Com toda a certeza, a sinopse da peça não entrega muito, e até simplifica tudo que vai se passar no palco nos 60min de peça. Flora (Leila Savary), uma dona de casa delicada repete um ritual diário antes do almoço: desde uma meticulosa arrumação da mesa até o uso do mesmo laquê, à espera de seu marido Armando (Jorge Medina). De repente, dois homens (Thiago Marinho e Lucas Drummond) invadem seu apartamento. Muitas discussões e revelações acontecem em meio à tensão da futura chegada do marido, o que leva Flora a um reencontro com o passado, que ela luta para esquecer. 

Simples, não? Não. 


foto:  Paulo Henrique Costa Blanca
O espetáculo traz uma construção complexa e cheia de joguinhos que nos fazem tentar encaixar as coisas (eu sem muito sucesso por um bom tempo). A cada cena e diálogo a história vai se embaralhando e saindo de uma narrativa comum. O texto de Luiza Prado (roteirista - Vai Que Cola) merece destaque: ele não deixa que o espectador simplesmente assista à peça, mas faz com que o público descubra coisas novas a cada minuto. 


Peça aprovadíssima, muito interessante, e a forma com que ela trata um assunto trágico e triste de forma tão cômica é bem diferente. Só depois que saí da peça que pensei: "Nossa, que triste...", pois as partes de comédia não me deixaram ter esse sentimento na hora do espetáculo. Ao longo da peça vamos nos dando conta de que nada é o que aparece, até o clímax e desfecho, que são surpreendentes. 

Cenário e figurinos são personagens à parte que dão um toque divertido à produção, tirando (somado ao texto) o caráter sério. Muitas palmas também para o elenco, que leva o texto bem amarradinho na ponta da língua e nos mostra uma ótima integração. Uma ótima estreia para a a Nossa! Cia de Atores.

Mais sobre a peça no link abaixo:

quinta-feira, 23 de junho de 2016

"Tudo o que há Flora"



A solidão e a incomunicabilidade estão cada vez mais presentes no mundo contemporâneo, mesmo em tempos de internet e redes sociais. A partir dessas questões, a Nossa! Cia. de Atores, dá vida ao espetáculo "Tudo o que há Flora", que estreou semana passada aqui no RJ, e fica em cartaz por 1 mês.

A peça começou a ser idealizada há dois anos por 3 amigos atores desde os tempos em que eram do Tablado. Eles formaram em 2013 o grupo teatral Nossa! Cia de Atores.


"A ideia veio depois da leitura do conto Dora, Uma Mulher Sem Sorte, do meu avô, o jornalista Théo Drummond, em 2014. Foi ali que começamos a pensar nessas questões e na possibilidade de realizar um projeto a respeito", revela Lucas Drummond

Flora é uma dona de casa que cumpre um ritual diário enquanto espera o marido para o almoço. O que poderia ser a história de amor de um casal feliz, aos poucos revela um lado sombrio. Para contar essa história, os três pensaram em seguir uma linha tragicômica. Em um cenário despojado, com poucos elementos cênicos, entre eles 3 cadeiras e 3 buracos no chão, por onde os personagens entram e saem e que levam a um porão repleto de eletrodomésticos, Flora (Leila Savary) repete um ritual diário antes do almoço, que vai desde a meticulosa arrumação da mesa até o uso do mesmo laquê, à espera de Armando (Jorge Medina), quando dois homens (Lucas Drummond e Thiago Marinho) invadem seu apartamento. Discussões e revelações acontecem em meio à tensão gerada pela iminente chegada do marido, levando Flora a um inevitável e doloroso reencontro com o passado que ela luta, em vão, para esquecer.

"Queríamos falar sobre como as pessoas conversam, mas não se escutam e muitas vezes vivem em uma aparente normalidade que nunca existiu, tentando esconder a solidão e suas imperfeições", resume Leila Savary.

Tudo o que Há flora
foto: Paulo Henrique Costa Blanca
Luiza Prado, roteirista de duas temporadas do seriado "Vai Que Cola" (Multishow), foi convidada para escrever o roteiro: "Direcionar a experiência que tive ao escrever roteiros que exigiam uma sólida estrutura foi, de fato, um facilitador e um norte quando me deparei com as incontáveis possibilidades de explorar no universo teatral a incomunicabilidade humana e as dimensões de personagens extremamente solitários."

Sobre o elenco:

Leila Savary -
Iniciou seus estudos teatrais aos 7 anos. Em seguida, entrou para O Tablado onde estudou por 12 anos. Após um período nos EUA estudando cinema, voltou ao teatro com Daniel Herz na sua turma de atores. Formada em Rádio e TV pela UFRJ e UCSD, Leila já atuou em diversas peças de teatro - a mais recente "O Pena Carioca", fez participações em séries de TV, curtas-metragens e foi apresentadora.

Lucas Drummond -É ator e jornalista formado pela UFRJ. Iniciou seus estudos artísticos aos 11 anos, no Tablado, e aos 18 estreou profissionalmente no teatro com o musical "GYPSY", de Charles Moeller e Claudio Botelho. Desde então, participou dos espetáculos "Um Violinista no Telhado", "Xanadu" e "Shrek – O Musical". Atualmente, integra o elenco de "O Menino das Marchinhas – Braguinha para crianças", de Diego Morais.

Thiago Marinho -
Estudante do curso de Teatro da Universidade Cândido Mendes, iniciou seu envolvimento com os palcos aos 11 anos no Tablado, e participou de seu primeiro trabalho profissional: "O Dragão Verde". Entre seus últimos trabalhos estão "O Auto da Compadecida", "O Despertar da Primavera", "Beatles num Céu de Diamantes" e "Elis, A Musical".

Jorge Medina -
Gaúcho de Porto Alegre, foi integrante da Cia. Escola de Teatro. Cursou a turma da CAL - Casa de Cultura de Laranjeiras de 1998. Suas principais peças de teatro foram: "Êxtase, uma história de Romeu e Julieta" e "A Glória de Nelson e Otelo da Mangueira". No cinema atuou em "Assalto ao Banco Central".

Tudo o que Há Flora
foto: Paulo Henrique Costa Blanca
CCBB RJ – Teatro III
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Horários: de quinta a domingo, às 19h30 (17 de junho a 24 de julho)

R$ 20,00 - inteira
R$ 10,00 - funcionários e clientes do BB, estudante, sênior acima de 60 anos, professor, PNE e usuários dos convênios Cartão Metrô recarregável, SESC, clube de assinantes O Globo, PUC e Clasp pagam meia-entrada, mediante apresentação de documento comprobatório.

sábado, 11 de junho de 2016

"Casa de Bonecas"


Dica para esse final de semana: o texto clássico do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen com versão do diretor argentino Daniel Veronese, e considerado um dos mais importantes da cena teatral internacional contemporânea está em cartaz no Rio de Janeiro. 

A montagem é produzida pela Cia. Movimento Carioca de Teatro e está sendo protagonizada pelo casal de atores Miriam Freeland e Roberto Bomtempo. Também fazem parte do elenco  Anna Sant’Ana, Regina Sampaio e Leandro Baumgratz

Com uma releitura contemporânea que questiona e desafia as propostas do texto original escrito há mais de 120 anos, "Casa de Bonecas" é um drama familiar com o qual Ibsen intencionou mostrar o cotidiano de uma família burguesa da época. Porém, o autor questionou as convenções sociais do casamento e do papel da mulher na sociedade, provocando um choque no contexto social e comportamental do final do século XIX.

Na época, diante das tentativas de emancipação feminina, foi uma peça revolucionária, com grande repercussão entre feministas, causando grandes discussões em toda Europa. Houve censuras violentas lançadas contra a personagem principal, Nora, pois a época não perdoou seu abandono da casa e dos filhos.


Nessa montagem, o espetáculo ganha novo fôlego diante das atuais discussões sobre o feminismo. O diretor propõe um diálogo com o texto original, mas acentua questões para que a obra fique ainda mais provocativa e atual.

Os figurinos, a iluminação e a trilha sonora tem um ar minimalista, colocando os conflitos, os dramas e a relação familiar em destaque. Daniel Veronese aposta no encontro texto/ator/plateia, em um cenário que traz o público para “dentro da casa”, incluído nas discussões, risos, provocações, dores e emoções das personagens. 

A montagem fica em cartaz só mais esse fim de semana (até dia 12 de junho).

Centro Cultural da Justiça Federal – CCJF
Av. Rio Branco, 241 – Centro (em frente metrô Cinelândia)
R$ 40,00

sexta-feira, 1 de abril de 2016

"Wicked" (Brasil)



Posso me considerar a louca dos musicais: amo, assisto sempre que posso (seja filme ou quando viajo e vejo peças) e muitas vezes assisto mais de uma vez (vide "O Despertar da Primavera", 6x, "Beatles Num Céu de Diamantes, 3x, e "Cássia Eller - O Musical", 2x - pensando numa terceira ainda esse ano, quem sabe...). Resolvi ir pra São Paulo no feriado da Páscoa para assistir ao "Wicked" (ÓBVIO!). Já tinha visto duas vezes na Broadway em Nova York, e quando soube que ia ter uma produção brasileira, não pensei duas vezes e me organizei para viajar (não ia dar mole como fiz com "o Rei Leão", que não veio pro RJ e não assisti).

Com 5 produções pelo mundo (Nova York, Londres, Austrália, uma turnê pelo Reino Unido e outra nos EUA), foi a vez dos brasileiros terem a chance de se encantar com as bruxas Elphaba e Glinda. 

Pra você que não sabe do que se trata "Wicked" (coisa que eu duvido, mas vamos lá), aqui vai um resuminho:

  • "Muito antes de Dorothy chegar, duas outras garotas se conheceram na Terra de Oz. Elphaba, nascida com a pele cor verde-esmeralda, é esperta, ardente e incompreendida. Glinda é belíssima, ambiciosa e muito popular. Essa megaprodução, que faz rir e chorar, traz à tona os segredos que levam Elphaba a se tornar uma bruxa “má” e Glinda a ganhar a simpatia dos habitantes da Cidade das Esmeraldas. WICKED, por meio de números e performances surpreendentes, mostra que toda história tem diversos pontos de vista e que ser diferente faz de você alguém único e extraordinário."

Confesso que fui pra peça com o pé beeeeem atrás. Por ter assistido duas vezes a produção original na Broadway, rolou aquele medinho de a produção não estar bem feita, as versões das músicas não agradarem, algumas notas (vocês sabem do que estou falando... "Defying Gravity") não serem alcançadas. A bem da verdade é que quebrei feio minha cara. A produção está espetacular! Vamos aos elogios por partes:

Elphaba (Myra Ruiz) - nossa bruxa verde está no ponto. A atriz participou das produções de "Nine", "Fame", Shrek - O Musical" e "In The Heights". Estava morrendo de medo de "Defying Gravity" não ter as notas alcançadas. Minhas expectativas (que era bem altas) foram superadas: ela canta muito! Não deixou nada a desejar nem na interpretações e nem na voz. O figurino é lindo, a maquiagem, tudo está exatamente igual. 





Glinda (Fabi Bang) - nunca tinha visto nada com ela. A atriz fez "O Fantasma da Ópera", "A Família Addams", "Miss Saigon", "A Bela e a Fera", "Evita", "Cabaret" e "Kiss Me Kate". Só musical top né? Daí já pra ter uma ideia do talento que ela tem. E só me bateru o arrependimento de não ter visto seus trabalhos anteriores. Ela pegou todo o espírito da Glinda, o timing da comédia, está tudo no ponto exato. Dei boas risadas e me emocionei muito. E que voz! Fiquei surpresa!

Fiyero (Jonatas Faro / André Loddi) - também nunca tinha visto nada com o Jonatas Faro (em musicais, não na TV), só com o André Loddi (ahhh saudades do "Despertar da Primavera"). Estava bem receosa, mas confesso que gostei da atuação de Jonatas. Os dois atores revezam o papel do galã da peça, e a minha sessão foi com Faro (Loddi fez o Fiyero na sessão das 16h).

É óbvio que amei, que assistiria novamente, mas ir pra SP não é exatamente ir até a esquina: custa caro. E os ingressos não são os mais baratos. Então... Acho que ficarei com essa vez só mesmo. Quem sabe? 

A peça é encantadora, a produção está perfeita, me emocionei em todas (sim, eu disse todas) as músicas. As versões estão muito bem adaptadas, as piadas e trocadilhos também. A química entre os atores é inegável. A única coisa que falhou no dia que fui, foi logo na 1º ato, assim que começa a peça. Glinda entra no palco pela 1ª vez voando em uma bolha, e soube que na sessão anterior a minha, a bolha falhou e não deu tempo de consertar. Mas isso não impediu que a sessão fosse boa. Na verdade, a peça está tão incrível que só no final, quando a Elphaba faz uma piada sobre a bolha da Glinda que eu reparei que não tinha tido. Recomendo a todos! Se você não mora em São Paulo, de verdade, escolhe um feriado e vai! Porque valeu cada centavo que eu gastei.

A peça fica em cartaz até julho (de acordo com a simulações de venda no site da Ticket For Fun).

Ah, e claro que no final da peça eu esperei os atores pra tirar foto né? Eles são muito atenciosos, lindíssimos (Myra ainda estava com um pouco de maquiagem verde no rosto.. Um restinho de Elphaba pra mim), e simpáticos. 


Ah, e eu não ia perder a oportunidade de ter meu programa da peça assinado por eles né? (O programa de luxo ainda não está sendo vendido na lojinha do teatro).



Gabi Giglio

sábado, 19 de março de 2016

"Cássia Eller - O Musical"


Se tem uma peça que todos DEVEM ASSISTIR, ela se chama "Cássia Eller - O Musical". E não digo isso só porque gosto muito das músicas e escutei muito quando era mais nova. Desde 2014 está sendo encenada a trajetória de uma das nossas mais importantes e poderosas vozes. O espetáculo tem direção de João Fonseca ("Tim Maia", Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz", "Rock In Rio - O Musical", "o Grande Circo Místico") e Viniciús Arneiro, direção musical de Lan Lanh (percussionista de Cássia Eller desde o disco "Veneno Antimonotonia" de 1996 e grande amiga da cantora) e texto de Patrícia Andrade.



Fechando a "trilogia" do diretor ("Tim Maia" e "Cazuza"), a peça tem um ar mais simples e intimista. Os 120 minutos de espetáculo são preenchidos com momentos pessoais e da carreira da cantora, de forma cronológica, desde seus 18 anos até sua morte, em 2001. Não existe um cenário propriamente dito, todas as ações são desenvolvidas apenas com cadeiras, que são movidas pelos próprios atores. No palco também fica a banda que, com arranjos fieis aos originais, acompanha a atriz principal Tacy de Campos nas 25 músicas do espetáculo. Entre elas estão: "Lanterna dos Afogados", "Flor do Sol", "Top Top", "Por Enquanto", "1º de Julho", "ECT", "All Star", "O Segundo Sol" e muitas outras.



A peça é estrelada por Eline Porto (que interpreta Maria Eugênia, mulher de Cássia), Emerson Espíndola (Nando Reis), Thainá Gallo (Lan Lanh), Evelyn Castro, Jandir Ferrari, Jana Figarella e é claro, Tacy de Campos, que interpreta, revive, nos emociona e nos envolve no papel de Cássia Eller.



Desbancando mais de 1.000 candidatas, a cantora curitibana Tacy de Campos emocionou a todos da banca ao cantar "Por Enquanto" nos testes. As semelhanças entre as duas são inegáveis: a pura timidez e voz marcante nos chamam a atenção logo nas primeiras notas da peça. Somos levados ao passado e transportados para um show de Cássia Eller.

Poucas peças me marcaram de uma forma indescritível na vida. Uma delas foi "O Despertar da Primavera", e agora "Cássia Eller - O Musical". Já assisti duas vezes, e iria muito mais. Vamos torcer para voltar para o Rio em uma temporada popular, quem sabe.


A peça fica em cartaz só até o final de semana que vem (uma pena), 27/03/2016. Os horários são: quintas e sextas (21h00), sábados (17:30h e 21h) e domingos (20h). A peça está no Teatro do Leblon, na Rua Conde Bernardote, 26 - Leblon, Rio de Janeiro - RJ.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Meu 2015: peças, livros e filmes

Tá chegando 2016! E como sempre (mentira, não fiz ano passado), faço meu saldo de peças, livros e filmes de 2015. Confesso que esse ano dei uma bobeada e não anotei tudo, então muitos filmes vão faltar. Queria ter lido mais livros (que tal uma meta pra 2016?) e ter visto mais peças... Mas que venha 2016!
Peças

220 Volts
Meu Passado Não Me Condena
Be Careful, It's My Heart

Livros

É Sério... Estou Brincando (Ellen DeGeneres)
O Projeto Rosie (Graeme Simsion)
Toda Maneira de Amor Vale A Pena (Bety Orsini)
Vida e Morte (Stephenie Meyer) - lendo ainda...

Filmes

Acima das Nuvens
O Jogo da Imitação
Cinquenta Tons de Cinza
Sniper Americano
Para Sempre Alice
Cinderela
Área 51
Tomorrowland
Vingadores - Era de Ultron
Operação Big Hero
Meu Passado Me Condena 2
Insurgente
Cidades de Papel
Trocando os Pés
Vai Que Cola - O Filme
Que Horas Ela Volta?
Amy
Minions
Jogos Vorazes: A Esperança - Final
Encontro Marcado (muito bom! Me surpreendi)
Chatô, O Rei do Brasil
Um Senhor Estagiário
Cada Um Na Sua Casa
Uma Longa Jornada
Garota Exemplar
Pegando Fogo (último de 2015 =/)

Melhores do Ano:
A Família Bélier 
A Teoria de Tudo

Piores do Ano:
O Abutre
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Caminhos da Floresta

Gabi Giglio

domingo, 9 de agosto de 2015

No Tablado: Be Careful, It's My Heart


Dica (ótima!) para o próximo final semana: o musical Be Careful, It's My Heart

Já tinha ido assistir à peça a convite de um amigo, e voltei na última sexta pra conferir novamente. 

Pra quem gosta de musicais, vale muito a pena. A dupla de atores Darwin del Fabro (Um Violinista no Telhado, Era no Tempo do Rei) e Laura Lobo (O Despertar da Primavera, A Família Addams) traz a obra do compositor americano Irving Berlin em arranjos e encenação jovem, com muito humor, romance e clássicas canções. 

O musical apresenta as músicas "There’s No Business Like Show Business", "I Love A Piano", "Puttin’ On The Ritz", "Cheek To cheek" e muitas outras, que vocês vão ter que conferir pessoalmente.

Sobre os atores:

Darwin del Fabro é ator, cantor, bailarino e diretor. Apesar de jovem, tem uma carreira sólida e já trabalhou com grandes nomes do teatro musical brasileiro. Esteve nos espetáculo Era no Tempo do Rei, Um Violinista no Telhado e O Mágico de Oz




Laura Lobo, atriz e cantora,  também faz parte da nova geração do teatro musical. Aos 10 anos fez Les Misérables. Subiu ainda aos palcos em O Despertar da Primavera, Meu Amigo Charlie Brown e A Família Addams. Ainda atuou na televisão, participando de Hoje é Dia de Maria, na Globo.



A peça está no Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea), somente sábados e domingos, às 20h.

Mas corram para não perder, pois só falta uma semana!

Gabi Giglio


domingo, 18 de novembro de 2012

No Tablado: Alô, Dolly!



Remake do clássico da BroadwayHello, Dolly! está em cartaz no Teatro Oi Casa Grande. A novidade da peça é o encontro de Miguel Falabella, com a direção do espetáculo, e Marília Pêra como protagonista da versão brasileira.

E convenhamos que se formos lembrar a idade desta senhora ela está numa atuação muito boa. 

Pontos positivos? Sim, claro os cenários de Renato Theobaldo e Beto Rolnik simplesmente fantástico e literalmente você volta há 1890, época em que a peça é contada.

Pontos negativos? Sempre tem né... Algumas musicas achei completamente desnecessárias e em alguns momentos não conseguimos entender o que o elenco está cantando. E me explica porque manter nomes completamente esquisitos dos personagens?? Cornélio, Barnabé, Ambrósio, Ermengarda entre outros... desnecessário.

Se você é estudante ou tem mais de 60 anos e paga meia entrada vale a pena conferir o espetáculo quando tiver com um tempo vago ou o cinema estiver lotado rsrs. Mas na boa, não vale o preço da Platéia e muito menos da inteira.

Esse musical já foi remontado na Broadway três vezes, além de ter inspirado um filme que Barbra Streisand (diiva!) participa com a direção de Gene Kelly, ganhando sete indicações ao Oscar. Acredito que tudo que é remontado muitas vezes, depois de um certo tempo perde a graça, fica meio "requentado".

Bem... pra quem não conhece a história:

Em 1890, Dolly é uma viúva "casamenteira" famosa que é contratada por um rico e mal-humorado comerciante do interior (Yonkers) para lhe arranjar uma esposa na cidade grande (Nova York). 
Ela apresenta-o a Irene, uma elegante dona de chapelaria, mas depois de muitas armações e confusões envolvendo os noivos e os empregados dele, quando todos se encontram na cidade grande, a própria Dolly tenta conquistar o bom partido.

Os críticos gostaram, os artistas gostaram, a grande maioria da platéia não aprovou (uma estrela), e você? 

A peça está em cartaz, de quinta a domingo com preços entre R$50 e R$190.

domingo, 3 de outubro de 2010

No Tablado: Les Misérables - Concerto de 25 Anos

Os Miséraveis é atualmente o terceiro show de maior duração na história da Broadway. Hoje a peça baseada na obra de Victor Hugo, terá um concerto em homenagem aos seus 25 anos, na arena O2 em Londres.

A história se passa na França do século XIX. Jean Valjean é um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram algumas pessoas que  relatam a miséria deste século, a pobreza miserável de: Fantine, Cosette, Marius, mas também Thénardier (incluindo Éponine e Gavroche) e o inspetor Javert.

No espetáculo de hoje Nick Jonas (Camp Rock) será Marius Pontmercy, um estudante revolucionário que é apaixonado por Cosette.

A canção mais famosa de Les Mis é I Dreamed A Dream, que já cantada por Aretha Frankilin, Neil Diamond, Susan Boyle e mais recentemente por Idina Menzel e Lea Michele em Glee. veja a performance das duas no epísódio "Dream On":


Aqui no Brasil a peça está  no Teatro Ipanema de sexta à domingo e fica em cartaz até 31 de outubro.

sábado, 8 de agosto de 2009

No Tablado: Hairspray


O espetáculo, que está no teatro Oi Casa Grande [que por sinal é um teatro muito bonito e super novo, gostei muito da casa], é uma adaptação dirigida pelo Miguel Falabella do espetáculo da Broadway, até tem um filme também que foi lançado em 2007 com a presença do Zac Efron no elenco entre outros grandes atores.


A adaptação do musical na minha opinião foi muito bem feita [e eu não sou muito fã de musicais], além do cenário que me encantou por sua diversidade e criartividade, a casa de show lotada e o público animado com as músicas e envolvido na história de Tracy Turnblad [interpretada pela Simone Gutierrez fantástica] gostei muito dela. Os outros personagens que se destacam na peça são Edna Turnblad [Edson Celulari, sim vale a pena ir vê-lo. Completamente facinante, muito engraçado e ele definitivamente incorporou o papel], Arlete Salles como Velma Von Tussle [a única coisa que não gostei em sua apresentação foi ela cantando, não sou muito fã da voz dela]. Temos também a Danielle Wints como Amber Von Tussle e o Jonatas Faro [que é o queridinho das meninas fazendo] Link Larkin. Achei muito criativo também os momentos em que alguns atores ficavam estáticos em um pedaço do palco para a platéia dar atenção necessária para outros atores. O humor de Miguel Falabella é sempre muito diveritdo e animado. Destaque também para Bené [Seaweed], Heloísa de Palma [Penny] e para a Orquestra presente.
Um pouco da história do espetáculo para quem não conhece:
- "Em 1962, o sonho de todos os adolescentes da época, em Baltimore, era aparecer no The Corny Collins Show, um famoso programa de dança da televisão. Tracy Turnblad é uma jovem que adora dançar e ela impressiona os juízes do programa e acaba ganhando um espaço na atracção. O seu sucesso acaba ameaçando a hegemonia de Amber von Tussle, e a disputa entre elas torna-se mais acirrada quando as duas jovens se interessam pelo mesmo rapaz, Link Larkin. Ao mesmo tempo que Tracy e Amber disputam o título de Miss Hairspray, o contexto histórico-espacial toma parte do protagonismo no filme, na medida em que é promovida a integração racial por oposição à separação que se verificava até à época."

Vale a pena conferir!

Informações sobre o espetáulo: http://oicasagrande.oi.com.br/
por: Juh