sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cena Livre: A Espuma dos Dias

Cartaz do filme A Espuma dos Dias
De longe um dos filmes mais "doidos" e surreais que já vi, A Espuma dos Dias é uma adaptação do livro homônimo de Boris Vian.

O filme é dirigido por Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), que traz o jazz que o autor tanto adorava e um universo mágico. 

A história abre espaço para o romance e o fantástico. Logo nos primeiro minutos vemos um rato (e a vida dele toda) dividindo o apartamento com Colin (Romain Duris, A Datilógrafa), um homem aparando as pálpebras (e metade dela cai no ralo!), sapatos que decidem para onde vão sozinhos... 

Colin é um homem rico e jovem desesperado para arranjar uma namorada. Vive na companhia do rato (Sacha Bourdo) e de Nicolas (Omar Sy, Os Intocáveis), um amigo cozinheiro e conselheiro. A casa do rato é exatamente como é a casa de Colin, com todos os detalhes. No apartamento também tem um piano que, dependendo de quem toca e como é tocado, produz diversos drinks. Muito louco, não?

Chick (Gad Elmaleh, O Ditador, Meia-Noite em Paris) é o melhor amigo de Colin. É totalmente obcecado pelo pensador Jean-Sol Partre (uma brincadeira com o filósofo Jean-Paul Sartre).
Cena do filme A Espuma dos Dias
O filme conta a história de Colin e Chloé (Audrey Tautou, O Código Da Vinci), que se conhecem na festa de aniversário da cachorrinha de Isis (Charlotte Lebon, Astérix et Obélix), amiga de Nicolas. O romance entre os dois é pura mágica no início, tendo até um passeio dentro de uma nuvem por Paris (imagem acima).
Cena do filme A Espuma dos Dias
À medida em que a história vai se desenrolando, vemos que as cores vão mudando, vão ficando mais escuras de acordo com o estado dos personagens. O filme começa colorido, jovem, "verão". A história vai passando, Chloé descobre que está doente e tem uma flor crescendo em seu pulmão, e o filme vai ficando escuro, triste, "inverno". 

Saí do cinema sem gostar do filme, mas agora estou em dúvida, confesso. Não sei se gostei ou não. Não é meu tipo de filme, e a linguagem é meio confusa e surreal. Mas a forma como é mostrada a passagem do tempo é muito boa e se adapta muito bem à história.

Gabi Giglio

2 comentários:

Jennifer disse... [Reply to comment]

Esse filme é muuuito ruuim!

Alexandre disse... [Reply to comment]

Uma pena não termos grandes artistas surrealistas no Brasil! O filme é repleto de metáforas encantadoras, tem uma crítica em
www.artigosdecinema.blogspot.com/2013/09/a-espuma-dos-dias-lecume-des-jours.html