terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cena Livre: Os Miseráveis


Do diretor de O Discurso do Rei, Tom Hopper apresenta a vocês a mais nova adaptação musical do romance de 1862 do francês Victor Hugo. Com composições de Claude-Michel Schönberg e letras de Alain Boublil e Jean-Marc Natel, o filme lotou as salas de cinema em sua estreia.

A trama se passa na França do século XIX e acompanha Jean Valjean (Hugh Jackman), um ex-condenado posto em liberdade, que após violar sua condicional é obrigado a fugir por décadas do inspetor Javert (Russell Crowe). Quando Valjean concorda em cuidar de Cossete (Isabelle Allen/Amanda Seyfried), a jovem filha de Fantine (Anne Hathaway) que é funcionária de uma fábrica, suas vidas mudam para sempre. 

O elenco conta ainda com Samantha Barks (Éponine), Eddie Redmayne (Marius), Sacha Baron Cohen (Monsieur Thenardier), Aaron Tveit (Enjolras) e Helena Bonham Carter  (Madame Thénardier).

Típico musical, e literalmente musical, trocando todas as falas por músicas... sem brincadeira, 99%. Muitas horas de filme (158 minutos mais precisamente) fica cansativo depois de um tempo, por mais que a história seja fantástica. Vá com paciência ao cinema.

Quem está acostumado a boas cantorias e musicais da Broadway (e a gente tá!) pode ter certeza que neste filme irá se surpreender (para bom ou ruim) com as versão “ao vivo” das músicas. Ideia inovadora e bem corajosa do diretor de gravar as músicas fora dos estúdios. Em minha opinião deu emoção em vários momentos, mas em outros como nos coros eu já não gostei muito.

Podemos separar o filme em praticamente 3 atos, e literalmente no momento em que começa aparecer a Amanda Seyfried é que a história fica boa e pega fogo. De verdade até. Samantha Barks e Eddie Redmayne me surpreenderam e conseguiram elevar o nível do musical, porque o Russel Crowe consegue puxar o nível lá pra baixo. (Única parte que gostei do Crowe foi sua última música. Ele é bom ator gente, não estamos criticando a atuação dele, mas ele deveria ter gravado suas músicas em estúdio. Ele não canta, ele fala.)

Agora me diz o que o Wolverine, ops, Hugh Jackman não faz bem heeein? Muitos aplausos pra ele. Atuação impecável, emocionante, na medida.

Gostaria que a linda da Hathaway aparecesse mais, senti falta dela no filme como principal e não coadjuvante.

Helena Bonham Carter como sempre em musicais me lembra a nossa querida Mrs. Lovett.

Ah, uma atenção especial às crianças: Gavroche (Daniel Huttlestone) e a jovem Cossete (Isabelle). Roubam a cena. 

Vale a pena para todos. 


Juh Reis

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