Em 14 de junho de 1997, há 14 anos, J.K Rowling lançava seu primeiro livro da série do menino bruxo, Harry Potter e a Pedra Filosofal, sem grandes expectativas - ao menos não tão grandes quanto o sucesso realmente alcançado.
Desde o primeiro livro até o sétimo, a quantidade de leitores da saga não pode ser precisada, mas cerca de 400 milhões de cópias foram vendidas dos sete livros. Muitas delas, senão a maioria, são do público infanto-juvenil e leram todos os exemplares, ou seja, são crianças e adolescentes que cresceram quase uma década e meia junto com Harry, Rony e Hermione. A estudante de letras Joyce Dantas, 20 anos, acompanha a série desde os 11 anos e afirma que a paixão por escrever aumentou após a leitura de Harry Potter. Para ela, a herança que J.K. Rowling a deixou foi crescer em um mundo mágico. “Ela acrescentou um pouco de magia a minha vida. Eu aprendi a ter mais imaginação e a me expressar melhor por causa dos livros”, conta Joyce.
As adaptações para os cinemas começaram em 2001. Quem também tinha 11 anos à época era Daniel Radcliffe, 21 anos, ator que interpreta Harry. Em Harry Potter - A Magia do Cinema, da Panini, o protagonista da franquia cinematográfica fala sobre como foi começar as filmagens como uma criança e terminar agora, já um homem feito. “O elenco e a equipe dos filmes Harry Potter foram a minha segunda família durante metade da minha vida. Cada filme traz lembranças diferentes para mim, já que cada uma marca uma transição ao longo do caminho”, conta Radcliffe.
Mas não precisa estar ativamente nos filmes para ter Harry Potter como um referencial para momentos ou fases. A estudante de jornalismo Camila Cunha, 23 anos, gosta de Harry Potter desde os 12 anos e lembra da ansiedade dos lançamentos. “Eu arrastei minha mãe para o shopping no lançamento do DVD de Harry Potter e a Pedra Filosofal meia hora antes de abrir só para garantir o meu”, diz Camila. A fã conta que já leu o livro referente a este filme mais de vinte vezes e ressalta ainda a influência da série em sua vida: “Foi maravilhoso crescer com os personagens. Eu compartilhei todas as dores, as lágrimas, o amadurecimento, as perdas e alegrias. Podia ficar foras enumerando como o livro me ensinou certos valores e em como moldou meu caráter e a forma de ver a vida.”.
Os outros dois membros do “trio de ouro” dos filmes também falaram no livro Harry Potter - A Magia do Cinema sobre crescimento e os dez anos desde a primeira cena gravada até a última. “O que permanece constante é minha paixão por essas histórias e meu amor por Hermione. Ela se tornou uma das minhas heroínas literárias favoritas”, diz Emma Watson que interpreta Hermione Granger. Já Rupert Grint, que encarna Rony Weasley, brinca com a situação: “Eu realmente não mudaria muita coisa quanto à minha experiência nos últimos dez anos. Tirando a malha de tricô estranha que dá coceira. O Rony precisa mesmo de uma reforma no guarda-roupa”.
Os fãs concordam em partes sobre o fim, mas uma opinião é unânime: Harry Potter é eterno. Joyce acredita que a história será passada de geração em geração. “Eu cresci com a série, ela fazia parte do meu dia a dia. A história e as coisas que aprendemos, serão pra vida toda e Harry viverá eternamente em nossos corações”, afirma a estudante. Já para Camila, esta estreia vai marcar uma espécie de fim, pois não será a mesma coisa sem os lançamentos. A estudante afirma também que não está preparada para dar este adeus. “Passei por muita coisa durante esses 11 anos ao lado dos personagens de Harry Potter. Na estréia, eu entrarei no cinema como se fosse me despedir de um velho amigo, alguém querido. Entrarei com meu cachecol da Grifinória e sei que chorarei muito - do começo ao fim - porque isso é mais forte do que eu. Parodiando a frase de Tom Riddle, Harry Potter é meu passado, presente e futuro. Não há nada e nem ninguém que possa mudar isso”, afirma a fã. Parece que mais uma vez o lançamento de um filme de Harry Potter vai marcar fãs e atores, mas desta vez a lembrança que eles terão deve ser de muitos soluços e lágrimas.
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